Realizou-se, entre os dias 25 e 27 de julho, e pela terceira vez, a Feira Medieval de Anadia na Lagoa de Torres. A afluência de residentes e forasteiros foi maior que nos anos anteriores.
O programa dos grupos que animaram este evento foi mais aliciante que nas edições anteriores, não tendo esquecido, inclusive, a comemoração dos 400 anos da canonização da Rainha Santa Isabel e os 700 anos da morte do seu cônjuge, o Rei D. Dinis.
Na Lagoa, os espaços envolventes foram preenchidos com as tascas das associações e com as pérgulas dos mercadores. Os dias foram escaldantes, mas as horas noturnas lembravam as das mil e uma noites, devido ao som da música da época, à exibição dos cavaleiros, das dançarinas, dos atores circenses e às atividades para os mais novos. Tudo isto encheu de luz e música todo o recinto da feira, o que permitiu aos visitantes recuar no tempo e sonhar com reis, cavaleiros andantes, bonitas donzelas e até príncipes encantados.



A lagoa, por sua vez, mostrava todo o seu encanto, refletindo nas águas calmas o brilho das luzes.
A Associação Recuperar a Aldeia de Torres participou em dois espaços distintos: num deles mostrou o seu artesanato, com a participação do artesão Paulo Ribeiro que fez esteiras em bunho e proporcionou a muitos dos visitantes aprendizagens sobre este material. A nossa associada Marianne van Gool quis participar tocando harpa, o que causou muita curiosidade e fez com que o grupo animador que recreou a história da Rainha Santa Isabel lá parasse toda a comitiva para escutar com atenção e prazer as melodias emanadas deste instrumento.

Também aí vendemos o já muito famoso e apreciado pão d’el Rey e o nosso pão doce bairradino.
No outro espaço, a ARAT ofereceu comes e bebes com a colaboração dos nossos associados e ainda dos amigos que quiseram ajudar.

Na feira havia de tudo, mesmo animais vivos, o que tornou mais real todo o comércio que se fazia na época medieval.
“Que maravilha!” – ouvi esta expressão de alguns forasteiros vindos, por exemplo, do Luso ou de Vale da Mó, que confessaram nunca ter ouvido falar que Torres tinha uma lagoa e ainda bafejada com tanto encanto e espaço aprazível.
Aqui, tendo como envolvência o arvoredo, o grasnar de muitos patos e gansos e o brilho das águas da lagoa, passaram-se três dias inesquecíveis, mas parecendo irreais, pois o local, sem estes atavios, era, há anos atrás, desconhecido e sem atrativos.
A nossa Associação, em jeito de despedida à edil Eng.ª Maria Teresa Belém e a todo o Executivo municipal presente, quis mostrar o seu reconhecimento pelo apoio e incentivo que nos deu durante os seus mandatos, desde a fundação da ARAT, e ofereceu uma pequena lembrança para ser colocada nas vitrines da Câmara Municipal, para assim expressar todo o nosso agradecimento.
